A secretaria municipal adjunta de
Assistência Social realizou na terça-feira (19/05) o encerramento das
oficinas de geração de renda oferecidas gratuitamente, de janeiro a maio, nas
oito unidades do Centro de Assistência Social (CRAS) do município. Realizado no
Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU) da Mumbuca, a cerimônia contou com
a participação de 278 formandos dos cursos de Panificação, Manicure, Corte de
Cabelo, Artesanato com MDF, Pintura em Tela e Pintura em Tecido, e Biscuit,
além de professores e coordenadores do CRAS. O evento também contou com a
apresentação de um número especial de dança do ventre e os trabalhos produzidos
pelos alunos durante os cursos.
Representando o secretário municipal
adjunto de Assistência Social, Jorge Castor, a subsecretária da
pasta, professora Laura Costa, agradeceu a participação dos envolvidos no
projeto e falou sobre a importância destas oficinas para a população. “Essas
oficinas têm o objetivo de preparar os alunos para se tornarem independentes e
autônomos, de forma a utilizá-las como uma alternativa na geração de renda da
família. O encerramento de um curso não deve significar um término, mas sim o
início de uma nova jornada”, declarou. A subsecretária acrescentou ainda que há
vagas abertas para novas turmas. “Os interessados devem procurar o CRAS
mais próximo de suas casas e se inscrever. As turmas são formadas de acordo com
o interesse dos alunos”, ressaltou.
Formandos e suas
expectativas
Com 31 anos, Marcelo Souza Silva é
formando do curso de Corte de Cabelo do CRAS do Jardim Atlântico. Há um ano,
ele abriu uma barbearia e sentiu necessidade de aprimorar sua técnica. “Usava
somente máquina por não ter confiança em fazer cortes com tesoura. Agora, com o
curso faço cortes modernos”, declarou. Antes de abrir seu próprio negócio,
Marcelo trabalhava como pedreiro. “Por mês, ganhava muito menos do que faturo
hoje. Normalmente, o movimento é bom. Nos fins de semana chego a atender mais
de 30 pessoas. Essa foi a melhor escolha que fiz na minha vida”, afirmou.
Para a aluna do curso de Panificação do
CRAS da Região Oceânica, Lília Teixeira, de 47 anos, o curso foi tão produtivo
que já se inscreveu nas oficinas de customização, dança do ventre e maquiagem.
“Os cursos são muito interessantes. Me formei em algo que poderá ser mais uma
fonte de renda, mas também ganhei amigos e isso foi muito importante na minha
vida”, destacou a formanda que também inscreveu sua filha Laila Trindade, de 10
anos, nos cursos de teatro, capoeira e grafite.
Já a aluna do CRAS de Inoã, Ingrid
Farias, de 23 anos, participou das oficinas de manicure, MDF, Biscuit e Corte
de Cabelo e, antes de terminar o curso, já está trabalhando por conta própria
como manicure. “O CRAS representa o início da minha vida profissional.
Conquistei novas amizades e ganhei novos conhecimentos. Agradeço a Prefeitura
por nos abrir essa pequena porta para que possamos trilhar um grande caminho”,
afirmou a aluna.
As oficinas tiveram carga horária, em
média, de 30 a 40 horas, com encontros semanais. O objetivo foi de
promover o fortalecimento de vínculo entre os moradores e familiares, além de
dar oportunidade de formação à pessoa para produzir o que aprendeu e
comercializar.
Há três anos à frente do CRAS Inoã, a
coordenadora Micheli Carvalho ressaltou a importância da unidade para aproximar
as pessoas. “As oficinas funcionam como porta de entrada para a formação do
vínculo comunitário e de um convívio social integrado. Lá se formam cidadãos
mais conscientes e responsáveis, mas, principalmente, pessoas mais felizes e
com autoestima elevada”, afirmou a coordenadora, acrescentando que o CRAS Inoã
atende mais de 2.400 famílias.
Professora de Artesanato com MDF, a
designer de interiores Angelina Conceição Esteves também ressaltou a
importância terapêutica das oficinas. “É um momento de interação em
que os alunos aprendem se divertindo, trocam experiências de vida; na
verdade, é uma grande família”, ressaltou a professora.
Entenda o que é CRAS
O CRAS é uma unidade pública estatal
descentralizada da Política Nacional de Assistência Social (PNAS). Atua como a
principal porta de entrada do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), dada
sua capilaridade nos territórios e é responsável pela organização e oferta de
serviços da Proteção Social Básica nas áreas de vulnerabilidade e risco social.
Além de ofertar serviços e ações de proteção social básica, o CRAS organiza e
coordena a rede de serviços de inclusão e trabalha na perspectiva da prevenção
para tentar minimizar as desigualdades sociais, fortalecendo o vínculo familiar
e comunitário, facilitando o acesso livre dos direitos de cidadania para a
população.
Em 2011, foi realizado 1.660
atendimentos no município; já em 2014, o número de atendimentos chegou a
17.727. Atualmente, existem oito CRAS no município de Maricá nos bairros Centro
(Rua Domício da Gama, Lt.18/Qd.03); Inoã (Rua 5 Lote 1 Barra A2 Quadra 19
- Rua do CIEP), Itaipuaçu (Rua Professor Cardoso Menezes, Lote 37 Quadra 01 -
antiga rua 1), Mumbuca (CEU - Rodovia Amaral Peixoto km 27,5), Jardim Atlântico
(Rua Darcy Roque da Silveira Quadra 485, Lote.6, Casa 2 - antiga rua 89),
Região Oceânica (Avenida Maysa Monjardim, Lote.05 Quadra195 - esquina com a rua
135), São José Marine (Rua Tinhoré, Lote 22 Quadra 2 - Km 22) e São José
Central (Estrada Real de Maricá, s/nº, Lote 3).
Fonte: Prefeitura de Maricá
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