As chuvas que caíram sobre Saquarema desde o início da semana atingiram noventa por cento do município deixando um saldo de 162 desalojados e 16 desabrigados, segundo dados da Defesa Civil na manhã desta quarta-feira, 07/04. Ao todo foram registradas 92 ocorrências até a noite de terça-feira. As vítimas estão sendo atendidas em cinco abrigos montados em Cieps, igrejas e escolas da região. A prefeita Franciane Motta decretou estado de emergência. As escolas do município tiveram as aulas suspensas.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil no município, Alberto Nessrala, os trabalhos ainda estão na fase de socorro às vítimas, sendo que, apesar da diminuição do índice pluviométrico, muitas regiões costeiras ainda correm o risco de ficarem alagadas. “A água está agora descendo das partes elevadas, alcançando a área litorânea”, disse ele, explicando ainda que a maré alta dificulta o escoamento das águas. As vítimas estão contando com apoio logístico das secretarias de Promoção Social, Saúde, Serviços Públicos e Educação. As pessoas que quiserem colaborar, podem doar roupas de adulto e criança, colchonetes, cobertores e alimentos não perecíveis. O material está sendo arrecadado na sede da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Secretaria de Promoção Social.
Em entrevista na noite de terça-feira a uma rádio local, a prefeita Franciane Motta destacou a necessidade de todos estarem unidos neste momento para minimizar o sofrimento dos que foram atingidos. “Esta foi a segunda ocorrência de fortes chuvas em Saquarema em apenas um mês, e graças a Deus não tivemos nenhuma vítima fatal”, disse, lembrando do forte temporal que alagou vários bairros do município no dia 6 de março. A prefeita participou na manhã desta quarta-feira da reunião com o governador Sérgio Cabral e prefeitos das cidades atingidas pelo temporal.
A área do cemitério municipal, ao lado da Igreja de Nossa Senhora de Nazareth, também está interditada devido à queda de parte da construção. Várias ossadas e corpos recentemente sepultados deslizaram com a encosta. “Vamos iniciar uma fase delicada nesta região, porque antes de iniciarem as obras de recomposição do cemitério deverá ser feito um trabalho minucioso de reconhecimento dos cadáveres por parte das famílias”, informou Nessrala. Há cerca de 20 dias, a prefeita Franciane Motta já havia solicitado o levantamento dos problemas de infraestrutura do cemitério para início de obras emergenciais. Infelizmente, as chuvas chegaram com força total antes do início dos trabalhos de contenção de encosta e de recuperação estrutural.
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