Como medida o novo Comandante do Batalhão de Niterói pretende reduzir o crimes e sensação de insegurança Foto Julio Silva O Fluminense |
Segundo Salema, bandidos que fornecem drogas para usuários de classe média estariam por trás de assaltos e arrastões
O novo comandante do 12º BPM (Niterói) informou que vai combater o tráfico de drogas no asfalto para tentar reduzir o número de assaltos contra pedestres, estabelecimentos comerciais e arrastões em pontos de ônibus. Segundo ele, estes crimes estariam diretamente ligados a traficantes que abastecem usuários de classe média, os chamados playboys, que evitam subir o morro, preferindo comprar os entorpecentes nos chamados “esticas” instalados geralmente próximos a bares das Zonas Norte e Sul da cidade, por bandidos de motocicleta.
De acordo com Salema, o tráfico está sendo sufocado nas comunidades e os traficantes também estariam partindo para assaltos a fim de complementar os ganhos ou mesmo pagar dívidas por terem tido a droga ou a arma apreendida pela polícia nas operações. Por isso, serão intensificadas as operações para apreender motos roubadas.
Com as medidas, o comandante espera conseguir inibir os crimes e reduzir a sensação de insegurança sentida pela população da cidade.
“Todo tipo de roubo que está ocorrendo está ligado diretamente aos casos de drogas. Não só em Niterói, mas em outras cidades esse comércio ilegal sempre esteve presente nos arredores de locais de festas, como bares e casas de show. Vamos estudar e identificar os pontos com alto índice deste tipo de crime e iniciar o trabalho da PM”, declarou.
Salema reconhece que os roubos nas ruas e os disparos efetuados por traficantes dentro das comunidades têm contribuído para aumentar a sensação de insegurança da população.
“Temos que trabalhar com aquilo que está à nossa disposição. Não adianta reclamar e não fazer nada. Se o problema é a venda de drogas nos arredores dos bares, vamos agir para reprimir esse tipo de crime. E se é assalto, temos que traçar um plano estratégico para impedir esse tipo de ação”, disse Salema.
O coronel, que está há mais de 28 anos na Polícia Militar, diz que assumir o comando do batalhão de Niterói será um grande desafio para a sua carreira profissional.
“Foi aqui que minha vida militar se iniciou, quando em 1987 eu entrei como aspirante. Hoje tenho a certeza que as coisas feitas no passado valeram a pena. Quero me empenhar ao máximo pelo Batalhão que hoje é responsável por dois municípios. O objetivo é fazer o meu melhor pela população”, frisou.
Sobre o combate ao tráfico de drogas nas favelas, o coronel afirmou ainda que o 12º BPM irá trabalhar com o maior rigor contra traficantes dentro das comunidades. Salema reforçou também que pretende trabalhar em parceira com o novo comandante do 7º BPM (São Gonçalo).
“Não quero ser um fantasma que assombra o batalhão de São Gonçalo. Quero ser um parceiro no combate ao crime. Vamos reprimir o tráfico de drogas dentro e fora das comunidades. Se o traficante é sufocado dentro do morro, ele desce para rua. Mas se ele perceber que está recebendo ações dos dois lados, vai entender que não adianta lutar contra o trabalho da polícia”, ponderou.
O presidente do Conselho Municipal de Segurança, Moacyr Chagas, acredita que com a chegada do coronel Salema, Niterói estará pronta para combater a criminalidade.
“Os números do Salema em São Gonçalo foram os melhores possíveis. Ele chega para somar junto com o Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) que será inaugurado em breve. Mas é preciso entender que o batalhão não é apenas o Salema e sim todos os seus comandados que precisam andar em harmonia. O coronel Gilson Chagas fez um excelente trabalho na cidade e agora esperamos o melhor do novo comandante”.
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