quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013


RELIGIOSO ASSUMIU MANTER RELACIONAMENTO AMOROSO COM UMA JOVEM, HOJE COM 19 ANOS, QUE RELATA TER SIDO MOLESTADA POR ELE QUANDO AINDA TINHA APENAS 13

Padre acusado de estupro presta depoimento - foto andré Redlich




Está cada vez mais complicada a situação do padre Emilson Soares Corrêa, de 56 anos, acusado de molestar uma das suas ex-coroinhas, quando ela tinha 7 anos, até os 10 anos de idade. A delegada responsável pelo caso, Marta Miguez, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher, Deam, de Niterói, informou, nesta quarta-feira, que além do religioso ser indiciado por estupro de vulnerável da menor, vai responder também pelo mesmo crime em relação à irmã da criança, com quem ele assumiu ter um relacionamento amoroso desde que ela completou 19 anos, em novembro de 2012.

Porém, a jovem afirmou em depoimento na delegacia que, quando tinha 13 anos, o pároco da Igreja Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, no bairro do Cubango, também a bolinou, após batizá-la, e ela fez sexo oral com ele na época.

A delegada adiantou ainda que o pai das duas irmãs, o técnico de refrigeração Ubiratan Homci, vai responder por vai resextorsão. O homem teria pedido à filha mais velha, de19 anos, que assumiu ter um relacionamento amoroso com o padre, que filmasse ela, e uma amiga, que teria 15 anos, fazendo sexo na casa paroquial onde ele vivia, após ter saído de Niterói, há 4 anos, na Igreja Nossa Senhora do Amparo, bairro Antonina, em São Gonçalo.

O vídeo, segundo a delegada, já está com a polícia. Em depoimento, o padre Emilson contou que o pai das garotas utilizou as imagens para chantageá-lo, alegando que se ele não desse um carro e outros bens materiais e financeiros à família revelaria à imprensa e à polícia sobre o caso do religioso com a jovem de 19 anos, a adolescente de 15 anos, e o abuso da filha de 10 anos de idade.

“O pai das garotas chamou Emilson à Arquidiocese de Niterói e disse que, se ele não atendesse aos seus pedidos, revelaria tudo à imprensa e à polícia. Foi quando o religioso me chamou para representá-lo, em novembro de 2012, e assumiu que tinha se envolvido com a jovem de 19 anos, mas só quando ela chegou à maioridade, e que nunca a molestou quando ela era menor, ou a irmã dela. O senhor Ubiratan, no dia que conversamos, estava muito nervoso, chegou a levar a filha mais nova para o encontro. Ele apontava para os seios dela e dizia ‘ele tocou em você aqui, não foi, filha?’, e a menina só confirmava com a cabeça, afirmando o que o pai a praticamente obrigava a responder. Eu disse que ela não deveria estar participando daquele tipo de encontro, mas ele não me deu ouvidos”, contou o advogado do padre, Roberto Vitagliano.

Inquérito deve ser concluído nos próximos dias- Na semana que vem, a delegada Marta Dominguez informou que espera que o inquérito sobre o caso esteja concluído. Segundo ela, até o momento ninguém mais procurou a unidade para fazer novas denúncias contra o religioso. A delegada informou que quer ouvir a menor de 15 anos que aparece na gravação, junto com a jovem de 19 anos. Tanto o padre, quanto o pai das irmãs, vão responder pelos crimes em liberdade.

Na Igreja Nossa Senhora do Amparo, em São Gonçalo, ninguém quis falar sobre o assunto. Funcionários do local se limitaram a dizer à reportagem do Jornal O FLUMINENSE que o padre tinha se afastado da igreja ‘há algum tempo’. Vizinhos da instituição contaram que o padre tinha um carro de luxo, branco, zero quilômetro, e que desconfiavam do relacionamento dele com a jovem de 19 anos por sempre vê-los juntos, e ele teria dado a ela duas motos, além de um carro.

A equipe de O FLUMINENSE tentou localizar a casa da jovem, onde ela mora com a mãe, em São Gonçalo, próximo da Igreja Nossa Senhora do Amparo, mas ninguém no local confirmou o endereço.

Arquidiocese de Niterói emite comunicado- O Setor Jurídico da Arquidiocese de Niterói enviou novo comunicado sobre o afastamento do exercício do ministério do padre Emilson Soares Corrêa. Segundo a nota, ‘diante das desagradáveis notícias veiculadas pela imprensa envolvendo o religioso, a Arquidiocese de Niterói, através do setor jurídico, reitera a nota oficial, ressaltando que o senhor Arcebispo Dom José Francisco Rezende Dias, ao receber pessoalmente a família envolvida e ouvir as acusações ao referido sacerdote, suspendeu, temporariamente, o mesmo de toda e qualquer atividade sacerdotal, tomando a iniciativa de encaminhá-lo ao Ministério Público para que os fatos sejam apurados por via judicial, sendo o mesmo acompanhado por seu advogado até que se conclua a investigação e possível processo confirmando a veracidade ou não dos acontecimentos’.


O FLUMINENSE

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