RELIGIOSO
ASSUMIU MANTER RELACIONAMENTO AMOROSO COM UMA JOVEM, HOJE COM 19 ANOS, QUE
RELATA TER SIDO MOLESTADA POR ELE QUANDO AINDA TINHA APENAS 13
Está cada vez mais complicada a
situação do padre Emilson Soares Corrêa, de 56 anos, acusado de molestar uma
das suas ex-coroinhas, quando ela tinha 7 anos, até os 10 anos de idade. A
delegada responsável pelo caso, Marta Miguez, titular da Delegacia de Atendimento
à Mulher, Deam, de Niterói, informou, nesta quarta-feira, que além do religioso
ser indiciado por estupro de vulnerável da menor, vai responder também pelo
mesmo crime em relação à irmã da criança, com quem ele assumiu ter um
relacionamento amoroso desde que ela completou 19 anos, em novembro de 2012.
Porém, a jovem afirmou em
depoimento na delegacia que, quando tinha 13 anos, o pároco da Igreja Nossa
Senhora do Rosário e São Benedito, no bairro do Cubango, também a bolinou, após
batizá-la, e ela fez sexo oral com ele na época.
A delegada adiantou ainda que o
pai das duas irmãs, o técnico de refrigeração Ubiratan Homci, vai responder por
vai resextorsão. O homem teria pedido à filha mais velha, de19 anos, que
assumiu ter um relacionamento amoroso com o padre, que filmasse ela, e uma
amiga, que teria 15 anos, fazendo sexo na casa paroquial onde ele vivia, após
ter saído de Niterói, há 4 anos, na Igreja Nossa Senhora do Amparo, bairro
Antonina, em São Gonçalo.
O vídeo, segundo a delegada, já
está com a polícia. Em depoimento, o padre Emilson contou que o pai das garotas
utilizou as imagens para chantageá-lo, alegando que se ele não desse um carro e
outros bens materiais e financeiros à família revelaria à imprensa e à polícia
sobre o caso do religioso com a jovem de 19 anos, a adolescente de 15 anos, e o
abuso da filha de 10 anos de idade.
“O pai das garotas chamou Emilson
à Arquidiocese de Niterói e disse que, se ele não atendesse aos seus pedidos,
revelaria tudo à imprensa e à polícia. Foi quando o religioso me chamou para
representá-lo, em novembro de 2012, e assumiu que tinha se envolvido com a
jovem de 19 anos, mas só quando ela chegou à maioridade, e que nunca a molestou
quando ela era menor, ou a irmã dela. O senhor Ubiratan, no dia que conversamos,
estava muito nervoso, chegou a levar a filha mais nova para o encontro. Ele
apontava para os seios dela e dizia ‘ele tocou em você aqui, não foi, filha?’,
e a menina só confirmava com a cabeça, afirmando o que o pai a praticamente
obrigava a responder. Eu disse que ela não deveria estar participando daquele
tipo de encontro, mas ele não me deu ouvidos”, contou o advogado do padre,
Roberto Vitagliano.
Inquérito deve ser concluído nos
próximos dias- Na semana que vem, a delegada Marta Dominguez informou que
espera que o inquérito sobre o caso esteja concluído. Segundo ela, até o
momento ninguém mais procurou a unidade para fazer novas denúncias contra o
religioso. A delegada informou que quer ouvir a menor de 15 anos que aparece na
gravação, junto com a jovem de 19 anos. Tanto o padre, quanto o pai das irmãs,
vão responder pelos crimes em liberdade.
Na Igreja Nossa Senhora do
Amparo, em São Gonçalo, ninguém quis falar sobre o assunto. Funcionários do
local se limitaram a dizer à reportagem do Jornal O FLUMINENSE que o padre
tinha se afastado da igreja ‘há algum tempo’. Vizinhos da instituição contaram
que o padre tinha um carro de luxo, branco, zero quilômetro, e que desconfiavam
do relacionamento dele com a jovem de 19 anos por sempre vê-los juntos, e ele
teria dado a ela duas motos, além de um carro.
A equipe de O FLUMINENSE tentou
localizar a casa da jovem, onde ela mora com a mãe, em São Gonçalo, próximo da
Igreja Nossa Senhora do Amparo, mas ninguém no local confirmou o endereço.
Arquidiocese de Niterói emite
comunicado- O Setor Jurídico da Arquidiocese de Niterói enviou novo comunicado
sobre o afastamento do exercício do ministério do padre Emilson Soares Corrêa.
Segundo a nota, ‘diante das desagradáveis notícias veiculadas pela imprensa
envolvendo o religioso, a Arquidiocese de Niterói, através do setor jurídico,
reitera a nota oficial, ressaltando que o senhor Arcebispo Dom José Francisco
Rezende Dias, ao receber pessoalmente a família envolvida e ouvir as acusações
ao referido sacerdote, suspendeu, temporariamente, o mesmo de toda e qualquer
atividade sacerdotal, tomando a iniciativa de encaminhá-lo ao Ministério
Público para que os fatos sejam apurados por via judicial, sendo o mesmo
acompanhado por seu advogado até que se conclua a investigação e possível
processo confirmando a veracidade ou não dos acontecimentos’.
O FLUMINENSE
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