

O processo continuou se arrastando na Justiça até que Ireval faleceu em 2007. De lá para cá, Dona Ruth não teve mais o benefício, apesar de ter entregue todos os documentos necessários para a atualização na Justiça. Ela conta que estava esperando o resultado do processo e ficou surpresa quando, depois de dois anos, a representante do Ministério Público do Estado do Rio emitiu um parecer informando que a requerente havia morrido. Agora, a luta de Ruth é para provar que ainda está viva e precisando do benefício.
“Minha advogada já levou para a Justiça uma declaração de que estou viva e em plenas condições de saúde mental. Eu espero que a Justiça me conceda tudo o que tenho direito o mais rápido possível. Se eu estou nessa casa aqui é porque a minha família me ajuda. Tenho minha sobrinha, que é como uma filha, que me assiste mesmo de longe. Se eu me visto, calço, como, tomo remédios, se eu vou a médico, tudo é ela que cuida de mim”, afirma a viúva.
O advogado Pedro Ricardo Queiroz explicou que Dona Ruth deve, com urgência, informar nos autos que está plenamente apta à sucessão de seu marido na autoria do processo para o recebimento dos valores, corrigindo-se assim o equívoco que suspendeu o processo. Ele faz um alerta:
“É importante que todos os cidadãos acompanhem com atenção o andamento dos processos dos quais fazem parte, mantendo uma relação próxima com seu advogado, evitando a ocorrência de situações inusitadas como a de Dona Ruth”, explicou Pedro Ricardo.
Dizem que amor de carnaval desaparece na fumaça. Mas no caso de Ireval e Ruth, o ditado não se aplica. O casal conheceu a cidade durante a folia de Momo e se encantou pelo jeito interiorano e por suas belezas naturais.
“Eu adoro Maricá, isso aqui é uma maravilha. O que nós precisamos é de bons governantes, gente que tenha responsabilidade com tudo para não ter tanta gente pobre por aí”, apregoa Ruth.
Apesar da luta na Justiça, Ruth não perde o jeito extrovertido e recebeu a equipe do Jornal Gazeta em sua casa, no Condado, com muita gentileza e simpatia. Para ela, o mais importante é a alegria de viver.
“Eu acho que a pessoa tem que estar sempre alegre, sorrindo. As dificuldades fazem parte da vida, mas devemos agradecer sempre a Deus tudo o que nós temos. Temos momentos difíceis, mas sem Deus ninguém é nada. Então alegria, alegria, sorria meu bem!”, ensina a voz da experiência.
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