O mandado de prisão foi expedido pelo juiz Glaucenir Silva de
Oliveira
A
Polícia Federal (PF) cumpriu na manhã de hoje (terça-feira, dia 16) o mandado
de prisão preventiva em desfavor do secretário de Governo da Prefeitura de
Campos, Anthony Garotinho. O ex-governador do Rio de Janeiro foi preso por
volta das 9h30 em um apartamento na Rua Senador Vergueiro, no bairro do
Flamengo, Zona Sul do Rio de Janeiro. No entanto, a defesa repudia a prisão e
as medidas legais estão sendo tomadas no Rio de Janeiro e em Brasília para
restabelecer a liberdade dele o mais breve possível.
Em
nota, o criminalista Fernando Augusto Fernandes, responsável pela
defesa de Anthony Garotinho, afirma que o decreto de prisão ocorrido em razão
de decisão da 100ª Vara Eleitoral de Campos vem na sequência de uma série de
prisões ilegais decretadas por aquele juízo e suspensas por decisões liminares
do Tribunal Superior Eleitoral.
“A
prisão a qual está submetido o ex-governador é abusiva e ilegal e decorre de
sua constante denúncia de abusos de maus tratos a pessoas presas ilegalmente
naquela comarca. Estas denúncias de abuso foram dirigidas à Corregedoria da
Polícia Federal e ao juiz, que nenhuma providência tomou. Pessoas presas
mudaram vários depoimentos após ameaças do delegado. No entanto, o TSE já
deferiu quatro liminares por prisões ilegais. A Justiça certamente não
permitirá que este ato de exceção se mantenha contra Garotinho”, disse o
advogado.
Segundo
o delegado da PF em Campos, Paulo Cassiano, o mandado foi expedido pelo juiz da
100ª Zona Eleitoral (ZE), Glaucenir Silva de Oliveira, que acatou o pedido de
prisão do Ministério Público Eleitoral (MPE).
“Oito
promotores de Justiça assinam o pedido de prisão de Garotinho e o juiz
Glaucenir, que substitui o magistrado Ralph Manhães. Este pedido de prisão foi
feito a partir de uma denúncia pelo Ministério Público e diz respeito a
participação de Garotinho na liderança da associação criminosa que fraudou o
Programa Cheque Cidadão com o propósito de compra de votos e fraudar
eleições municipais deste ano”, explicou.
De
acordo com o delegado, a notícia que chegou a ele foi de que Garotinho foi
preso em um imóvel pertencente a filha de uma funcionária da família,
identificada como Amanda. “Neste local cumprimos ainda um mandado de busca e
apreensão de objetos, bens, documento, mídias, que têm a ver com a operação
Chequinho”, comentou.
Outros presos – Além de Garotinho,
demais pessoas haviam sido presas pela PF que estão sendo investigadas no
inquérito policial que apura a suposta utilização do Programa Cheque Cidadão
para a obtenção de votos. No dia 1° de novembro, a vereadora eleita Linda Mara Silva
(PTC) foi presa em Copacabana, na Zona Sul, na segunda fase da operação. Também
foram presas a ex-secretária de Desenvolvimento Humano e Social, Ana Alice
Alvarenga, e a radialista Beth Megafone. Desencadeada no dia 26 de outubro, a
segunda fase da operação também levou à prisão o vereador Kellinho (PR) e a
ex-coordenadora do Cheque Cidadão, Gisele Koch. Três dias depois foi a vez do
vice-presidente da Câmara, Thiago Virgílio, do mesmo partido de Linda Mara. Ele
já estava afastado de suas funções e proibido de entrar no prédio do
Legislativo.
Na
primeira fase da operação, em 19 de outubro, foram presos os vereadores Miguel
Ribeiro machado e Ozéias Martins. Ambos também tentaram evitar a prisão com
habeas corpus, mas tiveram os pedidos negados pela Justiça. Todos se encontram
soltos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente sobre essa notícia