A Secretaria estadual de Saúde informou nesta quinta-feira (3) que desde o dia 2 de janeiro foram notificados 162.270 casos de dengue e foram registrados 135 óbitos no Rio de Janeiro, até o dia 29 de outubro. De acordo com a secretaria, ainda é observada uma tendência de queda nos casos notificados por mês e por semana em todas as regiões do estado.
Em janeiro, foram notificados 5.763 casos de dengue; em fevereiro, foram 17.393; em março, 32.472 casos; em abril, 52.935 casos; em maio, foram 36.842; em junho, foram 10.268; em julho, 3.035 casos; em agosto, 1.395 casos. Em setembro, foram 1.258 casos e em outubro, 889 casos.
No período, foram registrados 135 óbitos, nas seguintes cidades: Angra dos Reis (4), Barra Mansa (3), Belford Roxo (2), Bom Jesus de Itabapoana (1), Cabo Frio (2), Campos dos Goytacazes (3), Casimiro de Abreu (1), Duque de Caxias (9), Itaboraí (1), Itaguai (1), Itaocara (2), Itaperuna (1), Japeri (3), Magé (3), Maricá (2), Mesquita (3), Niterói (1), Nova Iguaçu (8), Paraíba do Sul (1), Pinheiral (1), Rio das Ostras (3), Rio de Janeiro (51), São Gonçalo (16), São João de Meriti (5), São José do Vale do Rio Preto (1), São Pedro da Aldeia (1), Valença (2) e Volta Redonda (4).
Para tentar evitar uma epidemia no Estado do Rio, a Secretaria estadual de Saúde criou a campanha “10 minutos contra a dengue”, que estimula moradores a gastarem dez minutos de seu dia no combate aos focos do mosquito Aedes aegypti em suas próprias casas. No dia 5 de outubro passado, a campanha ganhou um reforço com a criação de uma caravana com profissionais da saúde percorrendo os 92 municípios do estado e discutindo com as prefeituras as diversas formas de combater a doença.
80% dos focos estão em casa
De acordo com a secretaria, o ambiente doméstico concentra 80% dos focos. A iniciativa foi inspirada em uma das estratégias adotadas pelo governo de Cingapura para controlar o mosquito, conseguindo interromper a epidemia que o país enfrentou entre 2004 e 2005.
A campanha traz orientações como ficar atento a calhas entupidas, caixas d’água destampadas, ralos com água da chuva acumulada, pratinhos de vasos de planta. E também alerta para a necessidade de colocar baldes e garrafas com a boca virada para baixo para evitar o acúmulo de água.
Possibilidade de epidemia
No dia 13 de setembro, o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, afirmou que há "forte possibilidade de haver uma grande epidemia" de dengue em 2012. Para ele, essa será "talvez uma das piores epidemias da história do estado".
Vírus tipo 4
Onze casos de dengue tipo 4 foram registrados no município de Niterói, no estado do Rio, este ano, segundo informou, no dia 31 de outubro, a representante da Vigilância em Saúde da Secretaria estadual de Saúde, Hellen Miyamoto.
O avanço do vírus tipo 4 da dengue pelo Brasil é uma ameaça à saúde pública, segundo especialistas, não somente pelo vírus, que não seria mais perigoso que os tipos 1, 2 e 3, mas pela entrada em ação de mais uma variação do microorganismo, o que aumenta ainda mais a probabilidade de uma pessoa se infectar.
Segundo Hellen, o vírus tipo 4, que apareceu primeiro na região amazônica, já chegou ao Rio de forma incipiente, mas pode se alastrar. A incidência da doença tem aumentado na Região Serrana, segundo ela, possivelmente por causa das enchentes.
Hellen explicou que o aumento da dengue no país se deve principalmente pelo crescimento populacional, o abastecimento irregular de água e o aumento de produção de lixo.
Para ela, reduzir os criadouros do mosquito Aedes Aegipty nos meses que antecedem o verão e sensibilizar a população para combater os focos são desafios para a Secretaria.
A especialista explicou que 20 municípios ainda não enviaram à Secretaria mapas de risco e planos de contingência.
No estado do Rio ela destaca as regiões mais propensas à epidemia de dengue: toda a Região Metropolitana, o Norte Fluminense e a Costa Verde (localidades próximas ao município de Angra dos Reis, no Sul Fluminense).
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente sobre essa notícia