sábado, 12 de novembro de 2011

Polícia Civil negociava rendição de Nem há dez dias

Em entrevista coletiva realizada na tarde desta sexta-feira, o sub-chefe operacional da Polícia Civil, delegado Fernando Velloso, revelou que a rendição do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, era negociada há pelo menos dez dias. De acordo com Veloso, horas antes de Nem ter sido preso, o advogado do criminoso informou que ele iria se entregar na 15ª DP (Gávea). Apontado como chefe do tráfico na Favela da Rocinha, Nem foi preso pela Polícia Militar na madrugada de quinta (10), na Gávea, Zona Sul do Rio, enquanto tentava fugir no porta-malas de um carro.
De acordo com policiais militares do Batalhão de Choque que prenderam Nem, alegando que negociavam com os advogados do traficante uma possível rendição, os policiais civis tentaram evitar que o traficante fosse levado para sede da Polícia Federal.
Velloso acrescentou que as negociações para a rendição começaram quando um policial o procurou dizendo que o advogado de Nem havia feito contato, afirmando que o traficante pretendia se entregar. A continuidade da negociação teria sido, então, autorizada. Contudo, o delegado destacou que apenas garantiria a Nem o que é previsto em lei: sua integridade física. "Ele é um arquivo vivo de informações. Nos interessava saber o que ele tinha para falar", disse o subchefe.
Os acertos para a rendição tiveram prosseguimento. Na quarta-feira, horas antes da prisão, o advogado telefonou avisando que Nem se entregaria na 15ª DP (Gávea). Os três policiais civis foram então autorizados por um delegado a realizar a operação.
“Venho a público esclarecer que os policiais civis estavam em uma missão legítima e legal, que foi autorizada por mim”, ressaltou Velloso. De acordo com o delegado, foi determinado por ele que a Corregedoria da Polícia Civil (Coinpol) e a Coordenadoria de Recursos Especiais(Core) acompanhassem a possível rendição de Nem.
Fonte: JB

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