Sucesso de futuros empreendimentos mobiliários também foi destacado
Na última consulta pública para mobilizar os moradores de Maricá pela criação das Unidades de Conservação Municipais (UCMs), lembrou-se que a água potável da cidade depende da existência das duas áreas a serem protegidas, uma como Área de Proteção Ambiental (APA) e outra como Refúgio da Vida Slvestre (REVIS). Ambas somam 130 milhões de metros quadrados de Mata Atlântica, com fauna ameaçada de extinção. Ainda pelo conteúdo mostrado ao público na Câmara Municipal de Maricá ontem (17.11), o sucesso de futuros empreendimentos no município está estreitamente ligado a condições ambientais oferecidas pelas UCMs, caso sejam criadas.
“As áreas de Mata Atlântica funcionam como uma espécie de reservatório d’água, garantindo a continuidade de nossas nascentes, lagoas e lençóis freáticos. À medida que o município for crescendo, a demanda por água será maior, tornando-se um fator que deverá limitar investimentos mobiliários, caso essas áreas não sejam preservadas”, afirmou o gestor ambiental Tiago de Paula, apresentador do projeto.
O secretário municipal de Ambiente e Urbanismo, Celso Cabral, a subsecretária municipal de Meio Ambiente, Déborah Dias, o vereador Fabiano Horta, a Conselheira do Fundo Municipal de Proteção e Conservação Ambiental, Fátima Mano, a representante da Agenda 21, Luciana Andrade, e o coordenador do Programa de Apoio às Unidades de Conservação Municipais (PROUC) da Secretaria de Estado de Ambiente, Evandro Sathler, participaram da consulta pública, que contou com vários representantes das associações de moradores e de comissões populares.
Fauna em extinção
Durante a projeção de slides, Thiago ressaltou que a existência de 20 espécies de animais nas duas áreas delimitadas, entre elas macaco bugio, jaguatirica, preguiça e tamanduá mirim, ameaçados de extinção, já justificariam as UCMs.
A subsecretária Déborah Dias mostrou-se satisfeita com as seis consultas populares, em que foi possível demonstrar a importância da criação das unidades de conservação e tirar as dúvidas dos moradores, principalmente os que possuem propriedades nas áreas citadas.
Fabiano Horta, da Comissão de Meio Ambiente, comentou que o projeto de lei deve ser enviado o mais rápido possível à Câmara (a casa entra em recesso a partir do dia 15 de dezembro) para que possa pedir uma audiência pública, caso julgue necessário e, posteriormente, entrar com a matéria na pauta de votação.
Opiniões
“O município só tem a ganhar ao dar apoio a essas pessoas e estas, por sua vez, têm muito a acrescentar do ponto de vista urbano e ambiental no que concerne a planejar o município.”
Celso Cabral
“É um passo importante para o Estado no sentido de constituir o corredor ambiental do Leste Fluminense seguindo de Maricá até Cabo Frio a partir da Serra da Tiririca.”
Déborah Dias
“Maricá tem vocação para ser legal com o meio ambiente, vocação para atrair moradores e crescer com responsabilidade, sem atrapalhar a indústria, o comércio e a natureza.”
Tiago de Paula
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