segunda-feira, 14 de julho de 2014

Mais cinco pessoas morrem em ataques israelenses a Gaza

Número de vítimas na Faixa de Gaza sobe para 184.
Egito propõe cessar-fogo a partir desta terça (15)


Da AFP
Cinco pessoas foram mortas nesta segunda-feira (14) em novos ataques israelenses contra a Faixa de Gaza, segundo o serviço de emergências palestino. O número total de vítimas nos confrontos que já duram sete dias subiu para 184, mais do que durante o último enfrentamento em novembro de 2012.
O Cairo propôs este cessar-fogo pouco antes do início de uma reunião dos ministros das Relações Exteriores da Liga Árabe, convocada em caráter de urgência para discutir a ofensiva israelense.Os ataques desta segunda visaram o sul do enclave palestino, segundo as fontes médicas. Três pessoas morreram em Rafah, incluindo uma criança de 4 anos, e outros dois outros em Khan Yunes, segundo o porta-voz do serviço de emergências, Achraf al-Qudra.

O Egito pediu nesta segunda aos israelenses e palestino para que cessem as hostilidades nesta terça-feira a partir das 3h do horário de Brasilia.

Além disso, os Estados Unidos advertiram nesta segunda contra qualquer incursão terrestre de Israel em Gaza e afirmaram que isso significaria colocar ainda mais civis em risco, já que muitos estão atualmente no meio do fogo cruzado com oHamas.

No entanto, a Casa Branca se absteve de criticar Israel sobre o balanço de civis mortos na ofensiva contra Gaza, ao indicar que o governo israelense tinha o direito e a obrigação de defender seus cidadãos dos ataques com foguetes.

Escalada de violência
A mais recente escalada de tensão e violência entre israelenses e palestinos começou com o desaparecimento de três adolescentes israelenses no dia 12 de junho na Cisjordânia. Eles foram sequestrados quando pediam carona perto de Gush Etzion, um bloco de colônias situado entre as cidades palestinas de Belém e Hebron (sul da Cisjordânia) para ir a Jerusalém.
O governo israelense acusou o movimento islamita Hamas, que controla a Faixa de Gaza, do sequestro. O Hamas não confirmou nem negou envolvimento. Israel deslocou um grande contingente militar para a área da Cisjordânia, principalmente na cidade de Hebron e arredores. Dezenas de membros do Hamas foram detidos, e foguetes foram disparados da Faixa de Gaza contra Israel.
Os corpos dos três jovens foram encontrados em 30 de junho, com marcas de tiros. Analistas sustentam que eles foram assassinados na noite de seu desaparecimento.
A localização dos corpos aumentou a tensão, com Israel respondendo aos disparos feitos por Gaza. No dia seguinte, 1º de julho, um adolescente palestino foi sequestrado e morto em Jerusalém Oriental. A autópsia indicou posteriormente que ele foi queimado vivo.
Israel prendeu seis judeus extremistas pelo assassinato do garoto palestino, e três dos detidos confessaram o crime. Isso reforçou as suspeitas de que a morte teve motivação política e gerou uma onda de revolta e protestos em Gaza.
No dia 8 de julho, após um intenso bombardeio com foguetes contra o sul de Israel por parte de ativistas palestinos, a aviação israelense iniciou dezenas de ataques aéreos contra a Faixa de Gaza. A operação, chamada "cerca de proteção", tem como objetivo atacar o Hamas e reduzir o número de foguetes lançados contra Israel, segundo um porta-voz israelense.
Os militantes de Gaza responderam aos ataques, disparando foguetes contra Tel Aviv. Por enquanto, só houve registro de mortes entre os palestinos – o sistema antimísseis israelense interceptou boa parte dos disparos lançados contra seu território.
Os combates são os mais sérios entre Israel e os militantes de Gaza desde a ofensiva de seis dias em 2012.

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