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| Foto: Alan Morici / Terra |
A perícia chegou hoje (20), por volta
das 8h45, na concessionária Mercedes Benz, na Marginal Pinheiros, próximo à
Ponte Eusébio Matoso, em São Paulo, para avaliar os danos causados nos dez
veículos que foram depredados ontem (19) durante protesto do Movimento Passe
Livre (MPL). O ato foi convocado para marcar um ano dos protestos que impediram
a elevação nos preços do transporte público. A intenção do movimento era fazer
uma passeata da Praça do Ciclista, na Avenida Paulista, até a Marginal
Pinheiros, onde haveria uma festa para celebrar a conquista do ano passado.
Eles reivindicam tarifa zero.
Durante o trajeto, a presença da
Polícia Militar (PM) foi pequena. As equipes da Cavalaria e da Força Tática, no
entanto, estavam dispostas em ruas próximas ao local do protesto. Houve
depredação de pelo menos três agências bancárias e três concessionárias de
veículos de luxo. Até as 18h30, não havia sido registrada ação policial.
Logo após as 19h, a PM agiu com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo,
dispersando os manifestantes. Parte dos ativistas conseguiu impedir a depredação
de outros bancos no caminho da passeata.
Na concessionária da rede Caltabiano,
que vende carros da marca Mercedes Benz, a fachada foi toda destruída pela ação
de parte dos manifestantes, que utilizou pedaços de madeira e pedras para
quebrar os veículos. O material, com restos de uma obra feita no local, que
estava em uma caçamba na calçada, foi usado para destruir os carros. O prejuízo
é estimado em R$ 2 milhões. Outras duas lojas da mesma rede foram danificadas,
mas apenas os vidros da fachada foram quebrados. De acordo com a empresa, o
seguro já foi acionado.
O coronel do Comando de Policiamento
da Capital, Leonardo Torres Ribeiro, disse ter recebido, antes do protesto, uma
carta do MPL pedindo que a PM mantivesse distância dos manifestantes durante a
caminhada. Ribeiro informou que o pedido citava o ato do Comitê Popular da Copa
no dia 15 de maio, que transcorria sem conflitos, quando provocações geradas
pela proximidade da PM e manifestantes deflagrou uma brutal repressão ao
protesto. A Polícia Militar decidiu respeitar a solicitação do MPL e levou um
efetivo preparado para acompanhar o protesto a distância.
Segundo o coronel, porém, depois da
queima simbólica das catracas de papelão, alguns participantes dispersaram e
partiram para a depredação. “Não fomos ingênuos, porque a experiência que temos
com manifestantes tem demonstrado resultados obtidos e a contenção desses
eventos. A demora foi no deslocamento do nosso efetivo que estava nas
proximidades de lá, se é que se pode considerar isso demora”, disse Torres.
“Sempre houve depredações em todas as manifestações, com a presença próxima ou
não. Se fizer uma retrospectiva, mesmo com a presença física próxima [da
polícia], a intenção desses manifestantes foi sempre depredar”, acrescentou.
Fonte: Agência Brasil

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