terça-feira, 15 de novembro de 2011

Secretário de Segurança vai cobrar explicações sobre atuação de delegado na prisão de Nem

O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, afirmou nesta segunda-feira (14) que vai cobrar explicações sobre a participação do delegado Roberto Gomes, de Maricá, na região metropolitana, na prisão de Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, chefe do tráfico da Rocinha, favela ocupada pela polícia neste domingo.
Em entrevista a um telejornal, Beltrame contou que já conversou com o subchefe de Polícia Civil do Rio, Fernando Velloso, sobre o assunto. Porém, o secretário de Segurança Pública pretende ter acesso a uma cronologia da ação para obter detalhes da intervenção do delegado e de dois inspetores que estavam com ele na prisão do traficante.


Velloso afirmou que o delegado Roberto Gomes foi ao local para negociar a rendição de Nem. No entanto, após ser preso, o traficante negou, em depoimento à Polícia Federal, que pretendesse se entregar. O bandido afirmou que iria se manter em São Paulo com os cerca de R$ 200 mil que foram apreendidos com ele.
Segundo os PMs que prenderam o bandido, na noite da ação, os policiais civis chegaram ao local, após serem chamados pelos advogados do traficante. Ainda de acordo com eles, os policiais civis afirmavam que iriam levar o carro para a Delegacia da Gávea (15ª DP), unidade mais próxima da favela. Até então, Nem continuava no porta-malas do veículo e ainda não havia sido preso.
Os PMs queriam levar o veículo para a sede da Polícia Federal porque um dos homens que estavam com o traficante havia se apresentado como cônsul honorário do Congo, na África. Por isso, logo após a abordagem, chamaram a PF.
Diante da insistência dos policiais civis em assumir o caso, teve início uma discussão. Um policial civil chegou a atravessar o carro em que estava na rua, enquanto um policial militar rasgou o pneu do carro em que Nem estava para evitar que o veículo fosse levado.
Os agentes federais chegaram ao local em meio ao tumulto. O traficante só foi preso depois que um dos advogados confessou a um policial federal que Nem estava no porta-malas.
Fonte: R7

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